Alice estava parada na frente da casa. Era senhorial e branca, uma enorme mansão. A menina pensava em tia Abby, sozinha na casa que já fora de seus pais. Algo em sua mente a fez parar de sentir pena.
-Ora, foi ela que me mandou aqui! Duvido que mamãe e papai fariam isso!- resmungava , enquanto arrastava as malas da até a porta da casa.
Bateu três vezes.
Um senhor de cabelos grizalhos saiu da casa, e disse:
-Alice! Oh, Alice, minha neta!- disse Auguste, o avô materno da menina.
Os dois eram muito parecidos. Ele tinha os mesmos olhos azuis, e os cabelos acinzentados já tinham sido da mesma cor dos de Alice. A unica coisa intensificaria a diferença entre os dois: uma fúria selvagem que despertaria nos olhos de Alice, apagando todas as semelhanças entre os dois, e a fazendo parecer constantemente pronta para atacar a proxima vitima. Mas naquela epoca Alice ainda sorria sem ser de escárnio, e seus olhos apresentavam o mesmo brilho inteligente dos olhos de seu avô.
Alice estava apatica. Sempre fora pálida, mas ultimamente estava mais do que nunca. Abby dizia que ela apenas não comia o suficiente: a menina perdera o apetite. Todos os dias seguia a mesma rotina: acordava, tomava uma xícara de café e ficava o resto do dia trancada no quarto, escrevendo.
- Olá, vovô. - disse, sem nenhuma emoção.
O avô insistiu de levar as malas da garota para dentro da casa, ignorando seus protestos. A casa era ainda mais bontia por dentro. o avô de Alice não era um homem falante, mas era muito agradavel. Disse estava feliz em ve-la, e que era muito parecida com a mãe. Alice agradeceu.
Auguste a levou para o quarto, um lindo comodo de paredes brancas e brilhantes. Uma cama com lençois azul- claro estava num canto, e uma parede era tomada por livros. Alice não pode deixar de demostrar interesse: era louca por livros. Examinou os volumes por algum tempo, e indentificou alguns com o nome do avô na lombada.
-O senhor escreve? - perguntou, pegando um deles da prateleira "Meu demonio".
-Ah, sim! Claro, de onde você acha que sua mãe tirou o seu talento?- respondeu, alegre- Lice, vou te deixar desarrumar as malas, depois vamos tomar um chá.
Alice concordou e se pôs em desarrumar as malas. Colocou todas as roupas no armário, e os sapatos embaixoda cama. A menina colocou os prprios livros entre as escolhas do avô, e depois arrumou rapidamente os material de escrever na escrivaninh: um caderno encapado de couro preto, um estojo com alguns lapis de cor e grafites, canetas e um pincel de nankin. O nankin era apenas usado em ocasiões especiais, como escrever convites (tia Abby fazia Alice fazer isso volta e meia.), de modo que o frasco que continha a tinta ainda estava quase cheia.
Alice estava colocando os remédios para asma e para dormir na mesa de cabeceira quando Auguste a chamou. A menina se dirigiu a sala, onde uma espetacular mesa de chá estava posta. A menina se sentou na frente de Auguste, que estava absorto em um livro, mas o título era em frances. Uma mulher rechonchuda sorriu para ela:
-Alice, minha querida! Você está muito parecida com sua mãe!- gritou, e plantou um beijo molhado na bochecha de Alice.
Alice agradeceu e tomou um gole da xícara de chá. Sabia que elas tinha pertencido a sua mãe.Isso não melhorou sua fome. Conversou com Auguste sobre os livros que já lera, até que finalmente cehgara a hora de ir para a cama.
Olhou para o ceu estrelado. Antes de fechar os olhos rezou para o pesadelo ter sido afastado. Esperava que naquele lugar as coisas seriam diferentes, que não teria problemas com aquele lugar esquisito de seus sonhos. Como se enganara
Notas finais do capítulo
Alice se debatia na cama todas as noites por causa de um antigo pesadelo. Sua nova casa a assustava e não conseguia conter as lagrimas ao se lembrar do seu passado.
Muito boom!!
ResponderExcluirAmei!